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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A ORAÇÃO DO PAI-NOSSO

Procure em sua Bíblia: Lucas 11, 1- 4

Com essa oração Jesus quis fazer um resumo de tudo o que podemos e devemos pedir a Deus. É uma oração muito importante, que devemos rezar sempre, lembrando que nela, como filhos que honram o Pai, louvamos o nome de Deus e pedimos por nós e por todos os irmãos, pois Jesus nos ensinou a chamar Deus de Pai Nosso!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A BÍBLIA

(Para a catequese de 1ª Eucaristia)

A Bíblia é uma coleção de escritos inspirados por Deus. Ela se divide em Antigo e Novo testamento.
No Antigo Testamento está escrito sobre a criação do mundo: como foram criados a terra, o mar, os animais e os seres humanos. Mostra o amor de Deus por tudo que Ele criou e, em especial por nós, pessoas humanas.Há também a história de um casal, Abraão e sua mulher Sara. Abraão é chamado o patriarca do povo de Deus, pois todos nós, que fazemos parte dessa imensa família do Povo de Deus, somos descendentes de Abraão e Sara.
No Antigo Testamento estão, também, a história de outras pessoas muito importantes, como Moisés, que foi escolhido por Deus para libertar o povo que estava escravo no Egito.
Há, ainda, a história dos profetas, homens que eram usados por Deus para mostrar as pessoas as coisas certas e erradas que elas faziam. Dentre esses profetas está Isaías que escreveu o nascimento de Jesus, muitos anos antes dele nascer.
O Novo Testamento conta a história mais importante de todos os tempos: a Vida de Jesus.
Quatro livros nos falam da vida de Jesus; de seus ensinamentos e milagres. Falam também de sua morte e de sua ressurreição: são os evangelhos que foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Evangelho significa Boa Nova ou Boa Notícia da Salvação. É a Boa Notícia trazida por Jesus Cristo de que Deus é nosso Pai e nos ama.
Quem acredita nos ensinamentos de Jesus Cristo e vive de acordo com eles é chamado de cristão. 
Os cristãos leem com amor e respeito a Palavra de Deus.

Revendo o texto, vamos fazer a atividade abaixo
APRENDENDO MAIS SOBRE A BÍBLIA

A palavra "Bíblia" significa "livros" em grego.
A Bíblia é o livro mais lido, impresso e conhecido em todo o mundo. 
A Bíblia é formada por 73 livros. Existem 46 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento.
Através dos livros da Bíblia que recebem o nome de Evangelho, podemos conhecer as palavras, atos e milagres de Jesus.
A Bíblia levou muitos anos para ser escrita, sendo que vários homens ajudaram a escrevê-la. É importante sabermos que o autor verdadeiro é Deus, pois foi ele quem moveu e inspirou esses homens.
No Antigo Testamento está escrito sobre a criação do mundo: como foram criados a Terra, o mar, os animais e os seres humanos. Mostra o amor de Deus por tudo que Ele criou e, em especial por nós, pessoas humanas.
Há também a história de um casal, Abraão e sua mulher Sara. Abraão é chamado o patriarca do povo de Deus, pois todos nós, que fazemos parte dessa imensa família do Povo de Deus, somos descendentes de Abraão e Sara. No Antigo Testamento estão, também, a história de outras pessoas muito importantes, como Moisés, que foi escolhido por Deus para libertar o povo que estava escravo no Egito. Há, ainda, a história dos profetas, homens que eram usados por Deus para mostrar as pessoas as coisas certas e erradas que elas faziam. Dentre esses profetas está Isaías que escreveu o nascimento de Jesus, muitos anos antes dele nascer.
O Novo Testamento conta a história mais importante de todos os tempos: a Vida de Jesus; seus ensinamentos e milagres. Falam também de sua morte e de sua ressurreição: são os Evangelhos. Eles foram escritos por São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João.
No Novo Testamento encontramos, também, a história do início da Igreja, que está no livro dos "Atos dos Apóstolos". Há também, várias cartas escritas por São Paulo às comunidades cristãs daquela época, além de cartas de Tiago, Pedro, João, Judas e do livro do Apocalipse.
1- O quinto livro do Novo Testamento é chamado ATOS DOS _______________.
2- O primeiro livro da Bíblia chama-se ______________.
3- Este livro está logo depois dos Salmos, no Antigo Testamento.
4- O segundo Evangelho foi escrito por _______________.
5- O libertador do Povo de Deus, que estava escravo no Egito foi _________.
6- Os Evangelhos contam a história do Filho de Deus: _______________.

Créditos: http://ninosdacatequese.blogspot.com

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

QUEM SOU EU?

(Preparação para a primeira Eucaristia)

Assim sou eu: elogio, falo mal, agrado, desagrado, sou amável, às vezes mal-educado, bato, abraço, estudo, colo, partilho minhas coisas, quero tudo para mim, sou egoísta, generoso, calmo, agitado, obedeço, desobedeço, sou sincero, minto. Eu sou um tantão de coisas, e todas as coisas ao mesmo tempo. O bem, o mal, a alegria, a tristeza, tudo convive dentro de mim. Às vezes, me sinto diferente; às vezes, tão igual a outros. Quando ando depressa, penso que poderia ir mais devagar. Se saio correndo, tenho medo de cair. Se pulo corda, fico de olho na queimada. E assim vou vivendo um dia atrás do outro, buscando respostas, fazendo perguntas. Vou sendo feliz e até mesmo infeliz. Se em algum momento desacredito de algo, em outro sinto que a esperança me move. Sigo a minha estrada, olhando a paisagem, atravessando pontes, cortando caminhos em busca de saber quem sou eu. 

1- Complete o quadro abaixo:
Eu sou assim:(auto-retrato)



Nome:__________________


Nascimento: _____________


1 qualidade:______________


1 falha:________________



2- Responda as perguntas abaixo com sinceridade: 

Do que mais gosta de brincar?_____________________________

Qual comida acha mais gostosa?___________________________

O que te deixa muito triste?_______________________________

Onde gosta de passear?_________________________________

Gosta de ler? O que?___________________________________

Quem é seu melhor amigo ou amiga?________________________

Gosta de estudar? Por quê?_______________________________

Você cuida da natureza?_________________________________

Gosta de animais? Quais?________________________________

O que te deixa mais feliz?_________________________________

3- Leia novamente o texto “Quem sou eu”, e as suas respostas nas perguntas acima, e escreva no seu caderno um belo poema sobre você, com todas as suas qualidades e falhas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

RECADINHOS...

Para minha turminha de 2012... (Preparação para a Primeira Eucaristia)

QUERIDAS  CRIANÇAS; 
SEJAM TODOS BEM-VINDOS!

Com as bênçãos de Deus, iniciamos mais um ano!
Neste ano, vocês serão preparados para receberem a Primeira Eucaristia. Trabalharemos com a pedagogia de Jesus, procurando despertar em vocês, crianças, o interesse pela oração, pela reflexão sobre os ensinamentos trazidos na Bíblia e principalmente pela participação na comunidade, participando das missas e das atividades que a igreja desenvolve.
Para que nossa caminhada seja proveitosa e agradável, precisamos nos comprometer em cumprir algumas regras. Vamos colar essa folha no caderno e ler sempre que houver necessidade.


  1. Participar com alegria dos encontros.
  2. Trazer sempre a Bíblia .
  3. Ouvir com atenção e falar um de cada vez.
  4. Não chegar atrasado.
  5. Cuidar bem do caderno e não esquecê-lo em casa.
  6. Fazer tudo por amor a Deus.
  7. Não faltar sem motivo justo
  8. Respeitar os colegas, catequistas e o ambiente.
  9. Não deixar a sala suja.
  10. Na hora de sair, não correr, não gritar e não empurrar os colegas.
  11. Ter muito cuidado ao atravessar a rua.
  12. Ser responsável e participativo nos encontros.
  13. Participar das missas, principalmente aos domingos. 

  14. RECADINHO PARA OS PAIS;
Prezados pais,
Vimos por meio deste, dizer da importância do seu apoio nesta etapa tão importante na vida do seu filho(a).
Educar o filho(a)  na fé, foi um grande compromisso que vocês assumiram perante Deus, quando ele (a)  foi batizado. Nossa missão é dar continuidade ao que vocês começaram.
Portanto, cuidem para que ele(a) não falte. Caso seja necessário faltar, o responsável pela criança deve ligar avisando à catequista com antecedência, para não ultrapassar o limite de três faltas, sem justificativa.
Olhem sempre o caderno dele(a), e perguntem sobre o que aprendeu, demonstrando o quanto é importante para vocês que ele (a) participe da catequese.
Se vocês não têm o hábito de participarem da missa, façam isso de agora em diante, pois os pais são como espelho para os filhos. 
Sempre que tiverem alguma dúvida podem procurar a catequista para esclarecimentos.
Desde já agradecemos.

Assinatura do Responsável:____________________________

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

LISTA DE PRESENÇA

Lembrando que; esta lista de presença nos encontros de catequese não deve ser utilizada como se faz nas escolas. Basta o catequista observar quem está presente e registrar, não tem necessidade de dizer o nome do catequizando em voz alta.
Veja bem:
A criança já passa grande parte da vida na escola, ou seja, a rotina escolar é desgastante e para muitos, ir para a escola é um enorme sacrifício. Por isso, temos que apresentar a catequese como algo novo, diferente e agradável, para que todos sintam-se bem e participem com entusiasmo. Portanto, devemos evitar tudo que lembre o ambiente escolar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O QUE É QUARESMA?


Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias , em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. Durante esse tempo a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O "Glória", o "Aleluia" e o "Te Deum" ( louvores).
Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. 
Nesse tempo santo, a Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade.Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa.
Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo.

REFLETINDO COM CRIANÇAS SOBRE O TEMPO DA QUARESMA
Evangelho: Lucas 4,1-11
(Será sempre melhor contar que ler, referindo que essa história está escrita na Bíblia)
Objetivos: aprender a pensar com e como Jesus. Descobrir que quando pensamos bem conseguimos fazer melhor.
Jesus cresceu e quando já era grande, saiu da terra dele, para começar a ensinar a Palavra de Deus às pessoas. Mas antes disso foi para um lugar que se chama deserto. Esteve lá quarenta dias. No deserto não havia gente a passar, nem barulho, nem lojas, nem supermercados. Era um lugar onde Jesus rezava e onde Ele pensava em muitas pessoas que já conhecia: os doentes, os pobres, os que andavam à procura da verdade, aqueles que Ele ia chamar e que iam trabalhar com Ele para o bem de toda a gente. Jesus pensava em todas estas coisas com muita paz. Ele queria ajudar todos a serem mais felizes.
A luz de Deus ajudava-o a descobrir como é que Ele havia de fazer.
Um dia Jesus teve fome e ouviu uma voz que lhe dizia assim: Transforma as pedras em pão e come. Jesus ouviu e disse:
- Não, não quero!
Ele percebia bem que aquela voz não vinha de Deus.
Jesus respondeu:
- Não é só a comida que é importante. Para mim o mais importante é fazer o bem, tal como está escrito na Palavra que vem de Deus

Refletindo com as crianças:
Jesus tirou um tempo para pensar e para rezar
Para nós também é importante pensar.
Pensar nas pessoas de quem gostamos
Pensar no que podemos fazer para dar alegria.
Pensar no que vamos fazer quando formos grandes.

Idéias para atividades:
Concretizar com exercícios em que é necessário pensar.
- Jogos em que as crianças passem de situações de luz para a escuridão e vice-versa. Exemplo: construir um túnel.
- Com a sala às escuras, fazer a observação do que nos rodeia com a utilização de lanternas, descobrimos que a luz nos faz ver melhor os objetos e as pessoas. Conversa: A luz às vezes tira-nos o medo, por exemplo: à noite, quando estamos no nosso quarto às escuras. Ao acendemos a luz vimos que está tudo no mesmo lugar, e ficamos mais calmos e seguros.

sábado, 7 de janeiro de 2012

4º ENCONTRO- CF 2012

SAÚDE E SALVAÇÃO EM NOSSAS MÃOS

"Que a saúde se difunda sobre a terra".

Justificativa para a escolha do tema

Nesse encontro, pretende-se desconstruir o falso entendimento ainda bastante disseminado, de que o sofrimento e a doença são castigos de Deus.Essa crença tem provocado revolta e rejeição contra Deus e também passividade e comodismo diante dos problemas de saúde. Procura-se mostrar que a saúde está ao nosso alcance e que temos poder de operá-la. Visa-se também despertar a capacidade de solidarizar-se e comprometer-se com o outro nas questões de saúde, assim se inserindo na história da Salvação.

UM OLHAR SOBRE A REALIDADE

MATERIAL: 
  •  uma folha de  cartolina, desenho do contorno de uma grande mão, pintado de marrom, que servirá para ser a raiz e o tronco da árvore / fita crepe ou cola / várias tesouras / folhas em branco para todos / lápis de cor verde e amarelo (para pintar folhas).
  • Distribuir, para cada um, uma folha de papel em branco e lápis de cor.
  • Pedir para desenhar o contorno de uma das mãos com os dedos ligeiramente abertos, pintar de verde 
  • e recortar.
  • Pedir que coloquem, num canto, o próprio nome e que, no meio da mão desenhada, escrevam: SAÚDE.
  • Após a confecção das mãos, o catequista apresentará ao grupo o desenho do contorno da grande mão (como se fosse a raiz de uma árvore) e pergunta:
  • De quem pode ser essa mão? (deixar a pergunta no ar).
  • Quando estudamos os povos, desde as mais antigas civilizações, encontramos sempre o assunto saúde e doença, misturado com religião. Deuses, demônios, maus espíritos, magia... (TB, 09) aparecem com explicação para a dor, a morte, os sofrimentos de modo geral. Por exemplo, no caso dos indígenas brasileiros, quem era o “médico” da tribo? O pajé.
  • E nós? O que pensamos sobre a existência do mal, da doença? São castigo de Deus? Ele é o culpado? (deixar que falem, discutam, sem responder diretamente às indagações).
  • Então, nossas mãos não podem fazer nada? O que será que depende de nós?
  • Em que os povos da Bíblia acreditavam? Vamos descobrir, pesquisando na Bíblia.: Dt 28, 1-2; Dt 28, 15-20; 2Cr 16, 7; 2Cr 16, 12-13.
  • Após a leitura, concluir com rápidas palavras. O livro do Deuteronômio apresenta saúde como bênção e doença como maldição, devido ao pecado, ao afastamento de Deus. Nas Crônicas, todos eram dependentes do Senhor. Procurar ajuda de um médio em lugar de Deus, era derrota na guerra e morte certa. Como em Deuteronômio, a Bíblia aqui nos fala de castigo de Deus.

ILUMINAÇÃO BÍBLICA
  • Vamos ler no livro de Eclesiástico, como instrui sobre saúde e doença – Eclo 38, 1-15 – 
Este texto realça a importância da saúde, de se ter os meios para que a saúde se difunda sobre a terra, que é o nosso lema nesta Campanha da Fraternidade. Mas logo a seguir, pede que se recorra ao Senhor e evite o pecado.
Vimos a força, o peso do pecado em todas essas leituras. Mas será que Jesus mostrou o outro lado da moeda, o outro lado dessa mão? Como Ele viu a doença?

INSTRUÇÕES: 
  • Na cartolina com a mão marrom desenhada, formar uma árvore, tendo essa mão como raiz. (modelo abaixo)
  • Cada catequizando coloca a mão que desenhou e recortou, formando as folhas da árvore, conforme uma sequência pré- determinada. 

CATEQUISTA: Deus nos criou por amor para sermos felizes. Tudo que Ele fez mostra quem Ele é. Mas nossos primeiros pais recusaram a amizade com o Pai Criador e, pela desobediência, o pecado entrou na vida das pessoas. Com o pecado veio a dor, a morte. Deus, em sua infinita bondade, enviou seu Filho Jesus para salvar a humanidade. Ao morrer na cruz, Ele funda a igreja para continuar a oferecer a salvação. A Igreja somos nós, todos os batizados. Formamos o Corpo de Cristo. Jesus não tem outras mãos, a não ser as nossas, para construir o mundo como Deus quer. E Deus não quer sofrimento. O que podemos levar aos outros com nossas mãos? Como podemos agir em prol da saúde?

Orientar os catequizandos para pensar num gesto concreto: 
  • visitar um doente, 
  • consolar um amigo que sofre, 
  • fazer doação de medicamentos, alimentos, fraldas, 
  • ouvir um idoso em suas aflições, 
  • rezar pelos que sofrem.

Ao som de uma música (da CF-2012 ou outra), colar na cartolina as mãos que confeccionaram, como se fossem folhas e galhos da árvore. Ao terminar todos juntos dão as mãos e pedem: “QUE A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA!”

Modelo da árvore: 
Podem ser escrito, na “raiz-tronco”, os nomes dos santos que dedicaram suas vidas ao atendimento e ao conforto dos doentes: São Camilo, São João de Deus, Santa Paulina, Beata Ir. Dulce, São Galvão (cf. TB, 221) 

EXEMPLO

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

3º ENCONTRO - CF 2012

DESAFIOS DA SAÚDE NO BRASIL

"Todos juntos somos fortes"!

Considerações para o desenvolvimento do encontro
Justificativa para a escolha do tema

Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, bem como a estreita relação com os aspectos socioculturais de nossa sociedade.
Despertar para a atuação  da Igreja por meio de suas pastorais com destaque às Pastorais da Saúde e da criança, possibilitando novos enfoques de ação.
Divulgar o conceito de saúde pública e a atuação do SUS, estimulando o exercício da cidadania.

Dinâmica do encontro

DINÂMICA: “SEGURA...NÃO DEIXA CAIR!”
  1. Formar um círculo com os catequizandos: distribuir para cada um uma papeleta em que esteja escrito um dos “males” (doenças), relacionados abaixo. Pedir para não contarem uns aos outros o que está escrito no papel. A papeleta ‘gripe’ deve ser repetida cinco ou mais vezes, dependendo do número de participantes (colocá-la para um terço das pessoas).
  2. Os participantes engancham os braços  uns nos outros, formando uma espécie de corrente, evitando que alguém caia.
  3. No meio do círculo fica o “doutor”, a pessoa que vai conduzir a brincadeira. O “médico”  lê um dos diagnósticos (sugestões abaixo). A pessoa que estiver com a “doença” correspondente amolece o corpo para cair, como se fosse um desmaio. As duas pessoas que estão ao seu lado, a seguram para não deixá-la cair. Se a pessoa cair, ela morre... 
  4. Depois de ser amparada, a pessoa ‘doente’ volta o corpo ao normal. Assim o médico vai lendo os diagnósticos até chegar a doenças de maior incidência, por exemplo, a gripe ou a dengue. Como há várias pessoas com esta “doença”, muita gente vai “cair” ao mesmo tempo e o círculo vai se desmantelar. Torna-se difícil segurar, portanto é preciso envolver mais pessoas, organizar toda a sociedade. Ao final,estabelecer uma ligação entre o que ocorreu no círculo com o que está acontecendo com a saúde pública.
  5. Após a execução da dinâmica, deixar que os participantes falem sobre o que sentiram.
  6. Como se sentiram ao serem taxados de “doentes”? Como viram a doença que cada um recebeu?
  7. Comentar da importância de ter alguém que segure e dê apoio num momento em que tudo parece que vai desmoronar, cair.
  8. Como foi estar atento ao outro, cuidar do problema do outro?
  9. Como é a dificuldade de apoiar, quando há grande o número de doentes? Salientar a importância da prevenção, de não deixar a doença se espalhar, dos cuidados com o corpo e o ambiente.
  10. Concluir falando da importância da presença, da solidariedade, da compaixão junto àqueles que sofrem.


DOENÇAS: 
Gripe, doenças do pulmão, dengue, hipertensão, diabetes, problemas renais, anemia, obesidade, colesterol alto, dependência química (drogas), alergia, dores de ouvido e cabeça, gengivite, cáries e placas nos dentes. 
(Podem ser acrescentadas outras doenças com os respectivos diagnósticos).

DIAGNÓSTICOS:
  • Exposição ao ar frio (mudanças climáticas) e contato com pessoas doentes, não lavar as mãos. (gripe)
  • Poluição do ar contato com fumantes ou fumar. (doenças do pulmão)
  • Falta de cuidado com os quintais e os vãsos de plantas, deixando água parada. Falta de higiene. (dengue)
  • A pessoa não cuida da alimentação, ingere alimentos gordurosos e não saudáveis, não pratica exercícios físicos. (hipertensão)
  • Há pessoas diabéticas em sua família, mas a pessoa nunca fez exames preventivos. Não se alimenta com alimentos saudáveis. Consome doces em excesso. (diabetes)
  • A pessoa não toma água várias vezes ao dia. Não cuida da alimentação. Ingere muito sal. (problemas renais)
  • Faltam em sua alimentação frutas, verduras e outros alimentos saudáveis. (anemia)
  • Consome alimentos muito calóricos, tipo salgadinhos (chips), refrigerante. Não faz exercícios físicos. (obesidade)
  • Não se alimenta corretamente, abusa de alimentos gordurosos e de doces. (colesterol alto)
  • A pessoa deixou-se levar por falsos amigos e acabou experimentando drogas. (dependência química)
  • A pessoa se expõe ao ar poluído. Freqüenta ambientes poluídos, sujos, com muita poeira. Consome alimentos contaminados. Não cuida devidamente da higiene pessoa. (alergia)
  • A pessoa ouve música em volume demasiadamente alto, freqüenta ambientes com poluição sonora. (dores de ouvido e de cabeça)
  • A pessoa não escova os dentes. Consome doces exageradamente, sem fazer a adequada higiene bucal. (gengivite, placas bacterianas, cárie)
Iluminando o encontro

Leitura Bíblica: Jo 9,1-7- A cura do cego de nascença.

Cristo interrompe a tradição de vincular doença e pecado. Ele oferece aos discípulos aos discípulos e aos que o cercam uma catequese sobre sua missão: ser a "Luz do mundo".
Importante realçar o "ver" e o "crer". O pior cego é aquele que não quer ver. Jesus retira o povo da cegueira para que percebam que não é por causa de Deus que estão sofrendo, mas por causa de uma sociedade com uma estrutura injusta. Ele aponta para aqueles que são os "falsos" cegos, responsáveis por manter e promover tal estrutura. Aprendemos com o Evangelho , que temos a missão de continuar a ação de Jesus, libertar o povo de seu sofrimento, exigir mudanças das autoridades. É missão da Igreja a continuidade da ação de Jesus na história "para que a saúde se difunda sobre a terra.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

2º ENCONTRO - CF 2012

PROMOÇÃO DA SAÚDE

"Cuido de mim e cuido do outro"!

Considerações para desenvolver o encontro

"Se é dever do Estado promover a saúde por meio das ações preventivas e oferecer um sistema de tratamento eficaz e digno a toda população, especialmente aos mais desprovidos de recursos é, também, responsabilidade de cada família e cidadão assumir um estilo de viver que, por meio de hábitos saudáveis e de exames preventivos, contribua para evitar as doenças.
Se cabe ao Estado providenciar toda a assistência médica aos enfermos, cabe à família o acompanhamento dedicado e carinhoso aos seus que adoecem. A família, o Estado e a Igreja têm funções distintas, mas complementares no processo de tratamento de seus membros adoecidos".
..."para que a ação evangelizadora da Igreja e dos cristãos possa se revestir de contundência e profetismo na área de saúde, além da caridade na atenção aos enfermos, é necessário empenho por mudanças nas estruturas  que geram enfermidades e mortes. Tais estruturas tornam-se visíveis nas situações de exclusão, na falta de condições adequadas e dignas da vida e no descaso, em certas circunstâncias, no atendimento oferecido aos usuários do sistema de saúde. Tudo isso é exposto não só pelos meios de comunicação, mas também pelos rostos sofridos e pelas mortes causadas pelo indigno atendimento".
No início da década de 1990, a ONU, estabeleceu 8 metas para melhorias sociais, e naturalmente, a saúde ocupa o centro das atenções, com programas objetivos e claros a serem alcançados até o ano de 2015. Entre as metas encontra-se: Redução da mortalidade infantil; Melhoria da saúde materna; Combate a epidemias e doenças".

ILUMINAÇÃO BÍBLICA (MT 25, 35-40)

"Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era peregrino e me acolhestes. Estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, preso e vieste ver-me. Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes" .

Para refletir:
Como Jesus falaria hoje diante de nossas condições de saúde? 
EX:
  • Era descuidado com as vacinas  e vocês me alertaram...
  • Estava acomodado e vocês me animaram a lutar pelos meus direitos...
  • Estava sem assistência médica e vocês me orientaram a exigir melhores condições nos postos de saúde...
(Estimular outras colocações)

Saúde é soma de...
A qualidade de vida é resultado da saúde individual e da saúde coletiva. Saúde é um estado de equilíbrio e bem-estar físico, mental, social e espiritual. Para se ter boa saúde, o indivíduo precisa ter boas condições de alimentação, habitação, educação, trabalho, lazer e serviços de saúde.

UM OLHAR SOBRE A REALIDADE
  • Levar para o encontro várias revistas, jornais, tesouras e cola, pincel atômico, cartolina, etc.
  • Pedir aos catequizandos que procurem e recortem gravuras e notícias que representam fatores que prejudicam a saúde. 
  • Sugerir que, em grupos, os catequizandos elaborem frases e criem cartazes chamando a atenção  para a melhoria da saúde no Brasil, e principalmente na comunidade.
  • Se for possível, promover a exposição dos cartazes num ambiente onde circulem várias pessoas.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

1º ENCONTRO - CF 2012

DIGNIDADE HUMANA E CIDADANIA

"Somos humanos chamados a altos voos".

Considerações para desenvolver o encontro
A cidadania é conquistada através da participação coletiva e solidária. Sua construção inicia-se com a formação da identidade e da autoestima. Ser cidadão significa estar na vida e no mundo, sentindo-se parte integrante do gênero humano, participante ativo do esforço de mudança de sua realidade social, deixando por onde passa sua marca de filho(a) de Deus.

"Cidadão é o indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade". (Herbert de Souza-Betinho)

"A razão mais alta da dignidade humana consiste na vocação do homem à união com Deus. Desde o seu nascimento o homem é convidado a dialogar com Deus." Da dignidade da pessoa, criada à imagem e semelhança de Deus, decorrem direitos universais e invioláveis, superiores a qualquer lei humana. O acesso a esses direitos vai possibilitar às pessoas levar uma vida digna. É necessário , portanto, tornar acessíveis ao homem todas as coisas de que necessita para viver plenamente: alimentação, vestuário, moradia, trabalho, lazer, etc. Elas repercutem na qualidade de vida e, consequentemente, na saúde.
Com sua ação evangelizadora, Jesus não apenas cura os doentes, mas também resgata o ser humano para o meio da sociedade, dando-lhes dignidade e apresenta uma nova forma de relacionar-se com as pessoas necessitadas. 
Ao longo dos últimos anos, houve mudança no conceito de saúde: De "caridade para direito". Hoje em dia, no entanto, esse direito está se transformando em 'negócio', num mercado livre sem coração! 
Os direitos humanos encontra-se garantido nas constituições de muitos países, mas ainda está longe de se tornar uma realidade para as populações da maioria dos países da América Latina e do Caribe.
A mudança, que todos esperamos e estamos buscando, não acontecerá de cima para baixo, mas a partir da conscientização e da educação para a cidadania e do controle social.

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA:
Diante da realidade da saúde pública no Brasil, que clama por justiça, equidade e solidariedade, e sabendo que a pessoa humana só sai de si quando tem boa autoestima e identidade bem estruturada, nossa meta, nesse primeiro encontro, é trabalhar dois aspectos: o resgate da dignidade da pessoa humana e a cidadania.

DINÂMICA DO ENCONTRO:
- Acolhida e Saudação inicial
-Levar duas rosas para o encontro: uma murcha, despetalando e outra bonita, cheia de vida, saudável.
  • Essas duas flores representam a saúde e a doença. Para você, o que é saúde? (as respostas vão girar em torno de : não ter doença,nem dor, estar forte, etc.) 
  • Completar o conceito de saúde que vai além da ausência de doenças: 
  1.  "Saúde é processo harmonioso de bem -estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre".
  2. "A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade".
  • Se fôssemos escolher uma dessa flores para oferecer a alguém, qual seria? A bonita, claro! Não oferecemos aquilo que julgamos que não agrada. Não nos doamos, se não gostamos de nós mesmos.
  • Deus criou o homem e a mulher à sua imagem, deu-nos dignidade de filhos, de pessoas humana com capacidade de amar. É ponto de partida para amar, descobrir o próprio valor, viver a dignidade e proclamá-la a toda pessoa. Esta é a força capaz de estabelecer relacionamentos fraternos, solidários, que a campanha da fraternidade nos propõe.
Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade de 2012
"Suscitar o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos  enfermos e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde."

VAMOS ENTÃO, REFLETIR UM POUCO MAIS SOBRE A DIGNIDADE HUMANA, ESCUTANDO UMA HISTÓRIA:

 "A ÁGUIA E A GALINHA" (Leonardo Boff)
"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
-De fato - disse o camponês. É águia, mas eu criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extenção.
- Não - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não - insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como uma águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra as suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço entendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá em baixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou: - Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe: Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga: - Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não - respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico Kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E comessou a voar para o alto, voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento..."

COMENTÁRIO:
Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas existem pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda achamos que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como águias. Jamais nos contentaremos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar."

Esta história  nos ensina também que a vida é feita de escolhas; que o interior de cada um de nós nunca muda; que sempre estaremos prontos para encontrar nossos verdadeiros ideais. Depende de nós.

PARA REFLETIR:
-Como será que Deus nos criou? Somos águias ou galinhas? Ou somos as duas juntas? Vejamos o que diz a palavra sobre a nossa criação.

ILUMINANDO O ENCONTRO
  • Leitura Bíblica: Salmo 08- "O ser humano na criação".
  • Pedir que releiam o versículo que mais chamou a atenção.
  • Como se sentiram ao saber que foram criados "coroados de glória e honra"?
DINAMIZANDO O ENCONTRO
  • Fundo musical: música do padre Zezinho- "Águia Pequena"
  • Dar para cada catequizando uma ficha contendo palavras que identifiquem a condição de galinha ou de águia.
  • Em pé, circulando em silêncio pelo ambiente, os participantes devem identificar as características das condições "águia e galinha", e formar dois grupos. 
  • Em seguida, cada um lê sua ficha para todos ouvirem e juntos, confiram se estão no grupo certo.
FICHAS: 
Condição galinha: Alimentar, dormir, ir pra escola, trabalhar, cuidar da família, passear, praticar esportes, etc

Condição águia: Capacidade de amar, a busca de Deus, amor ao próximo, superar dificuldades, coragem para arriscar, persistência, sinceridade, realizar a vocação, buscar a felicidade.

REFLETINDO...
Observando as duas condições, "águia e galinha", qual vocês acham que é a mais importante para a realização humana? (Deixar eles falarem sem interferência)

CONCLUINDO...
Cada pessoa tem dentro de si uma águia. Busca as alturas, o sol; foi feita para as grandes ideias e os grandes sentimentos. Muitas vezes, porém, fica presa às coisas como uma galinha ciscando no galinheiro. Não nascemos só para cuidar de comida, roupa... As duas condições são essenciais para a realização humana. Criados à imagem e semelhança de Deus, temos que buscar sempre a perfeição, a nossa conversão, mas sempre sabedores de nossa pequenez.

TRABALHO EM GRUPO
- Formar grupos de 4 ou 5 pessoas, misturando as "águias e as galinhas!".

Ler pausadamente:
"A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA FUNDAMENTA-SE NA CIDADANIA E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA". (Art. 1º) E GARANTE QUE "TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI" (Art.5º). ELA AFIRMA QUE "SÃO DIREITOS SOCIAIS A EDUCAÇÃO, A SAÚDE, O TRABALHO, A MORADIA, O LAZER, A SEGURANÇA, A PREVIDÊNCIA SOCIAL, A PROTEÇÃO À MATERNIDADE E A INFÂNCIA, A ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS" (Art.6º).  

Com base no texto da Constituição refletir com o grupo:
  • É possível viver a condição "galinha", satisfatoriamente nos dias de hoje?
  • Como a condição "águia" pode ajudar para termos mais qualidade de vida?
  • Apresentar as conclusões.
FONTE: Encontros Catequéticos para Crianças e Adolescentes- Campanha da Fraternidade de 2012 / CNBB

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

SUGESTÕES-TEMAS

Temas sugeridos para encontros catequéticos com Crianças e Adolescentes
CAMPANHA DA FRATERNIDADE /2012
Fonte: CNBB / Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

1- Dignidade humana e cidadania
A mudança, que todos queremos e estamos buscando, não acontecerá de cima para baixo, mas a partir da conscientização e da educação para a cidadania e do controle social

2- Promoção da saúde
Saúde é um estado de equilíbrio e bem-estar físico, mental, social e espiritual. A qualidade de vida é resultado da saúde individual e da saúde coletiva. Para se ter boa saúde, o indivíduo precisa ter boas condições de alimentação, habitação, educação, trabalho, lazer e serviços de saúde.

3- Desafios da saúde no Brasil
A igreja, para ser fiel ao Evangelho, precisa agir como profeta: anunciar e denunciar. Na área da saúde é preciso anunciar os direitos e deveres de todos e denunciar situações injustas que provocam enfermidades e mortes.

4- Saúde e salvação em nossas mãos
Nesse encontro, pretende-se desconstruir o falso entendimento, ainda bastante  disseminado de que a doença e o sofrimento são castigos de Deus. Essa crença tem provocado revolta e rejeição contra Deus e também passividade e comodismo diante dos problemas de saúde. Procura-se mostrar que a saúde está ao nosso  alcance e temos poder de operá-la. Visa-se também despertar a capacidade de solidarizar-se e comprometer-se com o outro nas questões de saúde , assim se inserindo na história de salvação.

5- Celebração com leitura orante da Bíblia
Com uma celebração baseada na passagem Bíblica  do Bom Samaritano, entendida como o paradigma do cuidado, pretende-se exercitar a leitura orante da Bíblia e assim confirmar a imensa contribuição que esse método de leitura traz à catequese.

TEMA EXTRA


QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE


1. Objetivos:
  • Refletir o que é quaresma e como o cristão vive este período.
  • Refletir sobre o tema e lema da Campanha da Fraternidade 2012.
  • Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde. (Objetivo Geral de CF-2012)
2. Conteúdo do Encontro:

Criar um quadro com os 40 dias da quaresma, incluindo o dia da Páscoa. (ver modelo – após o aprofundamento)
Distribuir pedaços de folhas coloridas (15 cm X 10 cm) para os catequizandos, que deverão dobrar ao meio.
Colar os pedados dos papéis em um papel cartão, colocando os quarenta dias da quaresma.

3.  Desenvolvimento do Tema:
  • Ler com os catequizandos o texto da apostila, explicando passo a passo sobre a Quaresma.
  • Fazer em conjunto com a classe o registro da semana – escrever em cada quadrinho uma atitude, uma boa ação que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
  • Combinar em cada encontro as ações da semana.
  • Para explicar sobre a fraternidade, a solidariedade, contar a história : 
A pomba e a formiga.
Às margens de um riacho cristalino, uma pomba bebia água, quando viu uma formiga no meio da correnteza. Em vão a formiga se esforçava par alcançar a margem. Então, a pomba jogou na água um raminho de mato, e a formiga conseguiu agarrar e se salvar.
Nesse mesmo tempo, passava um caçador que, ao ver a pomba, pensou em abatê-la. Ficou imaginando o belo prato de pomba assada. Quando se preparava para atirar, sentiu uma picada no calcanhar. O caçador abaixou-se para ver o que o tinha picado. Era a formiga, a mesma que tinha acabado de ser salva pela pomba! Bem depressa, a pomba aproveitou para fugir da mira do caçador. Quando este olhou de novo para o rio, seu almoço tinha desaparecido.

Comentar a história:
  • Quando é que eu ajo do mesmo jeito que a formiga?
  • Quando é que sou pomba?
  • Quando sou caçador?
  • Quem foi solidário e fraterno?
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.

Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
  • Tema: Fraternidade e Saúde Pública
  • Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo 38, 8).
A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a campanha nos pede para olharmos para a nossa saúde e a de nossos irmãos e perceber que as nossas atitudes podemos mudar para contribuir para melhorar a nossa saúde.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CF- TEXTO BASE

Introdução 
A Campanha da Fraternidade de 2012 mobiliza os catequizandos a contemplarem a vida como um dom de Deus e para a compreensão de que o cuidado com a saúde depende de uma alimentação saudável, da prática de esportes, das ações de prevenção, do cuidado com o corpo, a mente e o espírito.
A Igreja propõe como tema da Campanha deste ano: A Fraternidade e a Saúde Pública, como lema: Que a Saúde se difunda sobre a terra (Eclo. 38,8). Deseja assim sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que asestruturas de morte sejam transformadas.
A Igreja, nessa Quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da saúde pública e levar os discípulos missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento, na morte. Levá-los, ao mesmo tempo, a exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à saúde.
O Sistema Único de Saúde – SUS , inspirado em belos princípios como o da universalidade, cuja proposta é atender a todos, indiscriminadamente, deveria ser modelo para o mundo. No entanto, ele ainda não conseguiu ser implantado em sua totalidade e ainda não atende a contento, sobretudo os mais necessitados desses serviços.
Entendendo ser um anseio da população, especialmente da mais carente, um atendimento de saúde digno e de qualidade, a Campanha da Fraternidade 2012 aborda o tema da saúde, conforme os objetivos a seguir propostos.

Objetivo Geral:
Refletir a realidade da saúde no Brasil, em vista de uma vida saudável, mobilizando o espírito fraterno e comunitário das pessoas, na atenção aos enfermos e na busca por melhoria no sistema público de saúde.

Objetivos  Específicos:
1. Disseminar o conceito de bem viver e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável, em detrimento dos que comprometem a boa saúde;
2. Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e integração na comunidade. Organizar este serviço nas comunidades que ainda não despertaram para esta exigência evangélica;
3. Alertar para a importância da organização da Pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe.
4. Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, bem como sua estreita relação com os aspectos socioculturais de nossa sociedade;
5. Despertar, nas comunidades, a discussão sobre a realidade da saúde pública, levá-las ao acompanhamento da prática da cidadania no trato da causa pública e à exigência de qualificação dos gestores da área da saúde;
6. Estimular e fortalecer a mobilização popular em defesa do SUS e de seu justo financiamento, orientando a comunidade sobre seus direitos e deveres em relação ao sistema de saúde como a participação nos espaços de controle, fiscalização e deliberação das políticas públicas de saúde. 

Saúde e Doença  - dois lados da mesma realidade

A vida, a saúde e a doença são realidades profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as ciências não se encontram em condições de oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo a aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as enfermidades, o sofrimento e a morte apresentam-se como realidades duras de serem 
enfrentadas e contrariam os anseios de vida e bem-estar do ser humano. 
Nas línguas antigas é comum a utilização de um mesmo termo para expressar os significados de saúde e de salvação. Na língua grega,  soter e aquele que cura e ao mesmo tempo é salvador. Em latim, ocorre a mesmo com  salus. Verifica-se o mesmo em outras línguas. Certamente, a convergência destes significados para um único termo é reflexo da dura experiência existencial diante destes fenômenos e a percepção de que o doente necessita ser curado ou salvo da moléstia pela ação de outrem.

Saúde e salvação para a Igreja

A experiência da doença mostra que o ser humano é uma profunda unidade pneumossomática. Não é possível separar corpo e alma. Ao paralisar o corpo, a doença impede o espírito de voar. Mas se, de um lado, a experiência é de profunda unidade, de outro, é de profunda ruptura. Com a doença passamos a perceber o corpo como um 'outro', independente, rebelde e opressor. Ninguém escolhe ficar doente. A doença se impõe. Alem de não respeitar nossa liberdade, ela também tolhe nosso direito de ir e vir. A doença é, por isso, um forte convite à reconciliação e à harmonização com nosso próprio ser. 
A doença é também um apelo à fraternidade e à igualdade, pois não discrimina ninguém. Atinge a todos: ricos, pobres, crianças, jovens, idosos. Com a doença, escancara-se diante de todos nossa profunda igualdade. Diante de tal realidade, a atitude mais lógica é a da fraternidade e da solidariedade. A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre personalidade e responsabilidade. Nesse sentido, o Guia para a Pastoral da Saúde, entendendo que a saúde é uma condição essencial para o desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta algumas exigências para sua melhoria: 
  1. articular o tema saúde com a alimentação; a educação; o trabalho; a remuneração; a promoção da mulher, da criança, da ecologia, do meio ambiente etc.; 
  2. a preocupação com as ações de promoção da saúde e defesa da vida, que respondem a necessidades imediatas das pessoas, das coletividades e das relações interpessoais. No entanto, que estas ações contribuam para a construção de políticas públicas e de projetos de desenvolvimento nacional, local e paroquial, calcada em valores como: a igualdade, a solidariedade, a justiça, a democracia, a qualidade de vida e a participação cidadã.
Contribuições recentes da Igreja para a Saúde no Brasil 

Em mais uma manifestação da preocupação da Igreja com a realidade social da população, em 1981, a Campanha da Fraternidade: “Saúde e Fraternidade” apresentou o lema: “Saúde para todos”. A Campanha contribuiu para a reflexão nacional do conceito ampliado de saúde. Na época o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem para a Campanha, que a  “boa saúde não é apenas ausência de doenças: é vida plenamente vivida em todas as suas  dimensões pessoais e sociais. Como o contrário , a falta de saúde, não é só a presença da dor ou o mal físico. Há tantos nossos irmãos enfermos por causa inevitáveis ou evitáveis, a sofrer, paralisados, à beira do caminho, à espera da misericórdia do próximo, sem a qual jamais 
poderão superar o estados de semimortos”.A discussão sobre a saúde foi retomada na CF de 1984, como tema Fraternidade e Vida e o lema “Para que todos tenham vida”, partindo da citação bíblica:  “pois eu estava com fome e me deste de comer,... doente, e cuidaste de mim” (Mt 25, 35-36). Esta Campanha buscou ser um sinal de esperança para as comunidades cristãs e para todo o povo brasileiro, a fim de que, em um panorama de sombras e de  atentados à vida, sentissem a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o pecado e a morte, reforçando os princípios norteadores da valorização da vida, do início até o seu fim.
Tais iniciativas constituem marcos importantes da ação da Igreja, tanto no campo da saúde como no da saúde pública, em nosso país.  Por ser amplo o leque destas atividades, com satisfação identificam-se ações pastorais, próprias do múnus eclesial, que resultam em contribuição da Igreja para o cumprimento das “Metas do Milênio” com as quais o governo brasileiro comprometeu-se perante a comunidade internacional, mobilizando diretamente seus vários setores:

“Metas do Milênio” propostas pela ONU (Organização das Nações Unidas) com objetivos a serem alcançados até 2015:
  • Reduzir pela metade o número de pessoas que vivem na miséria e passam fome;
  • Educação básica de qualidade para todos;
  • Igualdade entre os sexos e mais autonomia para as mulheres;
  • Redução da mortalidade infantil;
  • Melhoria da saúde materna;
  • Combate a epidemias e doenças;
  • Garantia da sustentabilidade ambiental; 
  • Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento.
Doença e saúde no Antigo Testamento

A bíblia hebraica, já nas primeiras páginas, apresenta a origem do mal e do sofrimento, mas descartando qualquer possibilidade de participação divina. No decorrer da caminhada do povo hebreu, outros conceitos e outras justificativas foram sendo desenvolvidas a respeito da doença e do sofrimento, que passaram a ser vistos como conseqüência do pecado e da desobediência. Assim a preservação da saúde mais do que a cura da doença, era obtida pela observância da Lei de Deus. 
Porém, quem não a observa terá a maldição, a infelicidade, as doenças e a opressão (cf Dt 28,15ss). A doença é vista como castigo de Deus ao pecado do ser humano, por isso, somente eliminando a causa da doença, ou seja, o pecado, pode-se obter novamente de Deus a saúde.
Houve, um tempo, que entre os judeus piedosos, o fato de recorrer a médicos era visto como falta de fé no Deus vivo e verdadeiro, pois a doença era compreendida como forma de punição por parte de Deus.
O livro do Eclesiástico considera a doença como o pior de todos os males (cf 30, 17), um mal que faz perder o sono (cf 31, 2). O povo judeu entendia que a falta de saúde estava intimamente ligada com a culpa, o pecado. A cura para as doenças deveria ser obtida, em primeiro lugar, pela oração (cf 2Sm 12,15-23). 

Saúde e doença no Novo Testamento 

O capítulo nono do Evangelho de São João relata o encontro de Jesus com um cego de nascença (cf Jo 9,1-41). De acordo com o relato, são os discípulos que, em primeiro lugar, percebem a presença do cego e propõem uma questão a Jesus.
A dúvida dos discípulos é de ordem teológica: “Quem pecou para ele nascer cego?” Teria o homem pecado ou teriam sido seus pais (cf Jo 9, 2) .
A resposta de Jesus é clara:  “nem ele, nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para se manifestarem nele as obras de Deus” (cf Jo 9, 3). Cristo interrompe a tradição de vincular doença e pecado e oferece aos discípulos, aos fariseus, aos judeus e familiares do cego e ao próprio cego uma catequese sobre sua missão. Jesus apresenta-se como “luz do mundo” e luz que se manifesta pelas obras que realiza. Essa experiência permite que o próprio cego se transforme em discípulo.
O anúncio da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré inclui “a recuperação da vista aos cegos” (cf Lc 4, 18). No entanto em toda ação de Jesus, percebemos inúmeros gestos de quem está preocupado em recuperar a saúde. Não apenas no aspecto biológico, mas promover o ser humano para ter uma vida digna,saudável e reintegrada à sociedade, porque a doença significava a exclusão social. Diz o evangelho: “Jesus percorria toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (Mt 4, 23).Com sua ação evangelizadora, Jesus não apenas cura os doentes, mas resgata o ser humano para o meio da sociedade, dando-lhe dignidade e apresenta uma nova forma de relacionar-se com as pessoas necessitadas. O Novo Testamento é repleto de relatos de Jesus curando os doentes, os quais testemunham que a ação salvífica de Jesus também acontecia em suas intervenções no cuidado e atenção com os que sofrem.
A parábola do Bom Samaritano nos lembra a condição da fragilidade humana a que todos estamos condicionados desde a criação. Mas indica que os seguidores de Jesus devem descobrir a importância do cuidado. A fragilidade somente se cura mediante a proximidade daquele que se dispõe a cuidar do debilitado. Cuida-se da própria vulnerabilidade quando se consente a proximidade do outro.
O samaritano é aquele que em face da necessidade  do outro a assimila e se deixa transformar por ela. Não só porque cuida do ferido e lhe dá abrigo, mas porque o faz em prejuízo dos seus próprios planos iniciais.
Esta atitude é revelada nos sete verbos desta parábola e indica um modo de ser diante do outro, que pode iluminar o engajamento da Igreja e dos cristãos no campo da saúde pública:

a) VERa primeira atitude do samaritano que descia pelo caminho foi enxergar a realidade. Não ignorou a presença de alguém caído, de alguém que teve seus direitos violentados e que se encontro à margem da estrada.
b) COMPADECER-SE – a percepção da presença do caído conduziu o samaritano à atitude de compaixão. Ele deixou-se afetar pela presença do violentado que jazia quase morto. A compaixão desencadeou as demais atitudes tomadas pelo Samaritano.
c) APROXIMAR-SE – ao contrário dos que antecederam, o viajante estrangeiro aproximou-se do caído, foi ao seu encontro, não passou adiante. No homem assaltado, ferido, necessitado, reconheceu seu próximo, apesar de muitas diferenças entre ambos.
d) CURAR  – a presença do outro exige cuidado. A aproximação, a compaixão não são simplesmente sentimentos benevolentes voltados ao outro. Elas se tornam obra, se transformam em ação que lança mão dos elementos que tem disponíveis para salvar o outro.
e) COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL  –colocou a serviço do outro os próprios bens. Não temeu disponibilizar ao desconhecido ferido tudo o que dispunha: seu meio de transporte, o que trazia para seu próprio cuidado e seu dinheiro.
f) LEVAR À HOSPEDARIA  – mudou seu itinerário e acabou mobilizando e envolvendo outras pessoas. Nem sempre conseguimos responder a todas as demandas, mas podemos mobilizar outras forças para atender e cuidar de quem sofre.
g) CUIDAR  – esse é o sétimo verbo e expressa o conjunto da intervenção do samaritano. Trata-se de um cuidado coletivo, que envolveu outros personagens, recursos financeiros, estruturas que o viajante, não dispunha e o compromisso de retornar. A razão do retorno é que agora ela incluía outra pessoa, um compromisso que não estava planejado no início da viagem, mas não pode mais ser ignorado, cuidar passa a ser uma missão.
A figura do bom samaritano assume a condição de modelo para a ação evangelizadora da Igreja no campo da saúde e no campo da defesa das políticas públicas.

Unção dos Enfermos, sacramento da cura

O sacramento da unção dos enfermos é compreendido no âmbito da missão salvífica da Igreja, ou seja, no contexto do ministério de cura que toda Igreja exerce junto aos enfermos. A unção não é um sacramento pontual e isolado, que se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a um moribundo totalmente inconsciente. Pelo contrário, é um sacramento eclesial que, além de comprometer toda a Igreja, é também o ápice de um processo em favor e a serviço dos irmãos enfermos de uma comunidade. Faz parte do ministério de cura que atualiza e significa a presença do Reino no hoje das pessoas.
Por ser um serviço de toda a Igreja, compromete todos na comunidade: o próprio doente em atitude plenamente ativa de identificação com Jesus Cristo, de  aceitação da própria debilidade e de contribuição para o bem do povo de Deus e a salvação de todo o mundo; de todos os crentes em atitude de amor e presença junto aos pobres e doentes; dos religiosos, fazendo presente no mundo a pessoa de Cristo que se preocupa e cura os doentes; dos presbíteros cujo ministério exige deles, não só a visita, a atenção e a animação dos doentes, mas também a visibilidade da presença viva do Senhor que unge, cura e salva; dos bispos que precisam, num trabalho de coordenação pastoral e evangelizadora, mostrar que os doentes não são seres passivos, mas comprometidos com o Corpo de Cristo.
É pena que, na mentalidade comum dos fiéis e até mesmo dos agentes de pastoral, o sacramento da unção dos enfermos ainda não tenha se desconectado suficientemente de sua relação com a morte. Este passo, no entanto, precisa ser dado. Todos precisam ter muito claro que o sacramento da unção dos enfermos já não é mais nem sacramento que consagra a morte nem preparação imediata para a eternidade. Pelo contrário, é o sacramento que consagra uma situação de vida, ou seja, uma situação de doença, confiando ao doente 
a missão de completar, no próprio corpo, o que falta à paixão de Cristo.

A Pastoral da Saúde

A Pastoral da Saúde que representa a atividade  desempenhada pela Igreja no Setor da Saúde, é expressão de sua missão e manifesta a ternura de Deus para com a humanidade que sofre. A Igreja, ao meditar a parábola do bom samaritano (cf Lc 10, 25-37), entende que não é licito delegar o alivio do sofrimento apenas à medicina, mas é necessário ampliar o significado desta atividade humana.
No Brasil esta Pastoral conta com 80 mil agentes voluntários. Seu objetivo é promover, educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e celebrar a vida ou promover ações em prol da vida saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando presente no mundo de hoje, a ação libertadora de 
Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito nacional e de referência internacional.

Como as famílias podem colaborar para a saúde se difundir

A família ocupa o lugar primário na humanização da pessoa e da sociedade. Por isso é chamada a ser uma comunidade de saúde, a educar para viver bem, a promover o bem estar de seus membros e do ambiente que a cerca. É importante recuperar a família como colaboradora essencial no cuidado e no acompanhamento de seus membros. Vários dos condicionantes e determinantes da saúde dependem da adesão das  famílias e da educação prática das crianças.
Seguem algumas propostas de ação concreta para esta esfera:
a) Incentivar o cuidado pleno aos extremos da vida (criança e idosos), buscando atendimento digno, humano e com qualidade nos serviços de saúde, nos três níveis de governo;
b) Garantir que a prevenção avance para além da informação. É necessário visar não só ao bem estar individual, mas também ao familiar e ao de todos, através de ações educativas abrangentes;
c) Buscar a sensibilização e a mobilização de familiares e amigos quanto à ações básicas de prevenção e promoção da saúde,como manter o cartão de vacinas atualizado;
d) Estimular a doção e a manutenção de padrões e estilos de vida saudáveis e a abolição de hábitos inadequados de vida. Até reeducação alimentar e incentivo à atividade física regular;
e) Estimular o uso dos serviços de saúde, de forma consciente, organizada e cuidadosa, visando à otimização de recursos públicos;
f) Estimular a disseminação do conceito de que a prevenção ao uso de drogas é de responsabilidade de todos, ou seja, pais, professores, empresários, líderes comunitários, sindicatos, igrejas e autoridades.
g) Incentivar e difundir programas de coleta seletiva e de reciclagem, no suporte a projetos de pesquisa na área ambiental e no estímulo de práticas sustentáveis, divulgadas em empresas, escolas e comunidades.

Fonte: Texto Base da Campanha da Fraternidade 2012, CNBB, Brasília – DF.
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